‘Setembro Verde’ debate Doação de órgãos

Publicado em 25 de setembro de 2017 por SMN.

O ‘Setembro Verde’ tem como tônica a Doação de Órgãos e Tecidos. A Sociedade Mineira de Nefrologia (SMN) chama atenção para a questão do das doações de órgãos e o impacto no transplante renal no pais. O Brasil foi o segundo país do mundo em números absolutos deste tipo de procedimento em 2016. Todavia, quando ajustado para a população em, por milhão de população, caímos para a 33 posição. Dos 5.512 transplantes renais realizados, 80% foram de doadores falecidos.

Minas Gerais é o segundo estado em número de transplantes renais, todavia ainda é realizado metade da demanda para o estado. O estimulo a doação de órgãos é fundamental para o alcance desejado, segundo o presidente da SMN e nefrologista da Unidade de Transplante do Hospital Marcio Cunha (Ipatinga-MG), Daniel Calazans.

A Doença Renal Crônica é dividida em cinco estágios e é geralmente silenciosa, assintomática e não causa dor. “Os sintomas como cansaço, fraqueza, desânimo, soluços, hálito urêmico aparecem no estágio final, quando os rins filtram menos de 10% do sangue. Neste momento as pessoas possuem três opções de tratamento: a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal. Não são todos pacientes elegíveis para transplante, e Minas Gerais é referência nacional para este tratamento, sendo o segundo estado em números absolutos de transplantes”, afirma Dr José Neto, Diretor da Sociedade Mineira de Nefrologia.

Ainda no ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a taxa de doadores efetivos cresceu 3,5%, atingindo 14,6 pmp (por milhão da população); número 3,4% abaixo do objetivo para o ano. Analisando a previsão para as taxas de doação de cada estado, observa-se que atingiram ou ultrapassaram a meta para o ano, os três da Região Sul, e também MS, PA, BA, CE e PB e que nenhum estado da Região Sudeste atingiu o objetivo proposto. Portanto, a Região Sul (30,1 pmp) distanciou-se da Sudeste (15,5 pmp), enquanto as regiões Nordeste (9,9 pmp) e CentroOeste (9,6 pmp) estão próximas.

A ABTO apontou que a Região Norte (3,5 pmp), embora crescendo, pois tinha 1,1 doador pmp em 2009, necessita de apoio, principalmente, para os estados que ainda não efetivaram doadores e não realizaram transplantes de órgãos sólidos (RR, TO e AP). Os estados de maior destaque na procura foram: SC (36,8 pmp), pela taxa semelhante àsdos países com melhor desempenho no mundo, e PR (30,9 pmp), pelo rápido crescimento de 42% neste ano. O objetivo para 2017 é atingir a taxa de 16,6 doadores pmp no Brasil.

Aproximadamente 10% da população brasileira possui algum grau de acometimento renal. “O número de pacientes renais mais que dobrou na última década alcançando a marca atual de 120 mil pacientes em Hemodiálise no Brasil. No estado existem 22 equipes de transplante renal, sendo 17 ativas”, afirma Calazans.

Sobre o MG Transplantes

É composto por centros de notificação, captação e distribuição de órgãos na região Metropolitana de Belo Horizonte, Zona da Mata, Sul, Oeste, Nordeste e Leste do Estado. É responsável por coordenar a política de transplantes de órgãos e tecidos no Estado de Minas Gerais, regulando o processo de notificação, doação, distribuição e logística, avaliando resultados e capacitando hospitais e profissionais afins na atividade de transplantes.

O que é a CIHDOTT?

Presente em todos os hospitais públicos, privados e filantrópicos com mais de 80 leitos a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), hoje 60 em Minas Gerias, e tem a funções:

I – detectar possíveis doadores de órgãos e tecidos no hospital;

II – viabilizar o diagnóstico de morte encefálica, conforme a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre o tema;

III – criar rotinas para oferecer aos familiares de pacientes falecidos no hospital a possibilidade da doação de córneas e outros tecidos;

IV – articular-se com a Central de Transplante do estado respectivo para organizar o processo de doação e captação de órgãos e tecidos;

V – responsabilizar-se pela educação continuada dos funcionários da instituição sobre os aspectos de doação e transplantes de órgãos e tecidos;

VI – articular-se com todas as unidades de recursos diagnósticos necessários para atender aos casos de possível doação;

VII – capacitar, em conjunto com a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) e o Sistema Nacional de Transplantes, os funcionários do estabelecimento hospitalar para a adequada entrevista familiar de solicitação e doação de órgãos e tecidos.

 

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