Greve dos caminhoneiros já afeta serviços de nefrologia

Publicado em 25 de maio de 2018 por Thiago Peixoto.

Sem insumos, pacientes renais podem sofrer com a falta de tratamento

Com a situação da greve dos caminhoneiros indefinida no Brasil, as clínicas de diálise, que fazem o tratamento de terapia renal substitutiva – TRS e mantêm a vida de mais de 130 mil pacientes renais começam a serem afetadas. A falta da chegada de insumos e materias necessários para a realização dos tratamentos já coloca diversas clínicas de nefrologia mineiras em situação de alerta.

Uma clínica de Contagem, enviou comunicação a Sociedade Mineira de Nefrologia informando que os insumos para a realização de sessões de hemodiálise tem previsão de término na segunda-feira (28/05), no terceiro turno. Como saída, a clínica vai reduzir o fluxo de solução e o tempo de diálise até que exista uma possibilidade de resolução do problema.

Em Belo Horizonte, outro serviço, que atende atualmente 180 pacientes com doenças renais informou que seu estoque de materiais terá duração até terça-feira (29/05), no primeiro turno. Após esse período provavelmente não haverá mais como tratar os pacientes.

Em Governador Valadares, as clínicas já estão em alerta pois os insumos estão chegando ao fim e um caminhão carregado com capilares está parado em um dos bloqueios. No Vale do Aço o serviço que atende a mais de 420 pacientes têm estoque até a próxima terça-feira (29/05).

Compreendemos a seriedade do movimento, mas no momento estamos receosos com o impacto que ele pode gerar nos serviços de hemodiálise, pois o transporte é fundamental para a chegada de insumos e materiais para o tratamento dos pacientes”, alerta o presidente da Sociedade Mineira de Nefrologia, Daniel Calazans.

No caso das clínicas de diálise o problema não é apenas econômico, são várias vidas que estão em jogo. Pois para a realização de uma sessão de hemodiálise é preciso de vários materiais e a falta de um deles, por menor que seja, impede a realização do procedimento. Os pacientes renais crônicos dependem do tratamento para sobreviverem. O setor está em alerta máximo, devido a peculiaridade do serviço de diálise, a necessidade de continuidade do tratamento e a fragilidade dos pacientes.

A Secretaria de Estado de Saúde e o Ministério Público já foram notificados.

Foto: MOISES SILVA / O TEMPO

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